Entre janeiro e fevereiro, foram fabricados 22.825 implementos rodoviários, ante 22.367 unidades emplacadas no primeiro bimestre de 2021, o que representa crescimento de +2,05%. José Carlos Spricigo, presidente da ANFIR – Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários, afirma que “a variação moderada está de acordo com a expectativa de início de ano”.
No segmento de Reboques e Semirreboques, os destaques são as linhas de canavieiros, baú frigorífico e transporte de toras. Os dois primeiros estão ligados ao agronegócio, principal cliente da indústria de implementos rodoviários, enquanto o terceiro responde pelo transporte de madeira bruta.
O resultado de emplacamentos, com variação de 4,98% menor em comparação com o mesmo período de 2021, reflete o momento sazonal da safra. “A colheita começou em meados de fevereiro e ganhará mais intensidade em março”, ressalta Spricigo.
O segmento de Carroceria sobre Chassis apresentou variação positiva de 12,39% no primeiro bimestre do ano, no comparativo dom o mesmo período de 2021. Os destaques são basculantes e cargas secas, ligados à construção civil, e tanques, utilizados no transporte de combustíveis e demais cargas líquidas.
Sobre os desdobramos da guerra na Ucrânia para o setor, a ANFIR afirma que o agravamento da crise pode trazer mais aumentos de custos das commodities, como o aço, o que afeta diretamente os fabricantes de implementos rodoviários, por ser sua matéria-prima principal.
Outro reflexo negativo para o setor, esse indireto, está ligado às exportações. A queda nas vendas de grãos ou carnes congeladas, por exemplo, reflete negativamente nas empresas do agronegócio. “Por sermos parte integrante da cadeia de comércio exterior, o que afeta o agronegócio afeta também a indústria de implementos rodoviários”, conclui o presidente.