Segundo publicado pelo IBRAM – Mineração do Brasil, a indústria da mineração brasileira faturou R$ 113,2 bilhões no primeiro semestre do ano, contra R$ 149 bilhões no 1S21. Em termos percentuais, a queda foi de (24%).
“Este ano, de janeiro a março, a queda no faturamento do setor já havia sido de 20% em relação a igual período de 2021. No entanto, no 2º trimestre houve elevação de 1% no faturamento, em relação ao 1T22, e a projeção é de recuperação gradativa dos resultados no segundo semestre”.
Ainda de acordo com a entidade, o minério de ferro respondeu por 60% do faturamento da indústria mineral no 1S22, seguido pelo ouro (10%) e pelo cobre (7%).
Produção
A produção estimada no 1S22 foi de 441 milhões de toneladas, enquanto no 1S21 foram produzidos 483 milhões de toneladas, o que corresponde a uma queda de (9%).
Saldo comercial
De acordo com o IBRAM, a redução das compras de minérios pela China (quase 30% em dólar) foi a grande responsável pela queda expressiva de (52,5%) do saldo comercial mineral do Brasil no 1º semestre de 2022, em comparação ao mesmo período de 2021.
Nos seis primeiros meses de 2022, o país exportou 24% menos e importou 200% mais minérios (em dólar), de acordo com a entidade.
No caso do minério de ferro, as vendas externas de US$ 21,5 bilhões e 167,1 milhões de toneladas no 1S21 caíram para US$ 15 bilhões e 154,4 milhões de toneladas no 1S22.
Os principais mercados internacionais para o minério de ferro brasileiro são: *China (64,8%); Malásia (5,2%); Japão (4,1%); Barein (3,8%); Omã (3,1%); Países Baixos – Holanda (2,8%); Coreia do Sul (2,6%); Turquia (1,7%); Filipinas (1,6%); França (1,6%); Argentina (1,2%); Itália (1,1%); Bélgica (1,0%).
Sobre o “fator China”, o Ibram destaca que no 1S22 as exportações de minério de ferro para o país caíram (32,3%), em dólar, e (7,2%), em toneladas, na comparação com o 1S21.