Com recordes históricos, a Tupy fechou 2022 com os seguintes resultados:
- Lucro líquido: R$ 502 milhões
- Receitas: R$ 10,2 bilhões
- EBITDA ajustado: R$ 1,3 bilhão
Entre 2019, período pré-pandemia, e 2022, a receita líquida da companhia passou de R$ 5,2 bilhões para R$ 10,2 bilhões; um salto superior a +96% em apenas três anos. No mesmo período, o EBITDA ajustado cresceu +80%.
Com a integração das operações localizadas em Aveiro e Betim, a base de clientes da empresa aumentou. Hoje, a Tupy fornece a grandes fabricantes de caminhões, máquinas agrícolas e de construção do Ocidente. Após pouco mais de um ano da aquisição, muitas sinergias foram captadas, ampliando a sua eficiência operacional e competitividade.
Mesmo sem o efeito da aquisição da MWM, consolidada no final do ano passado, o avanço nos resultados reflete uma evolução significativa, em linha com a construção da “Nova Tupy”, conforme denominado por ela própria. Trata-se de uma “nova arquitetura estratégica, com crescimento alinhado às oportunidades de ampliação de geração de valor, por meio dos contratos de manufatura, e à economia de baixo carbono, que terá um papel fundamental na Tupy do futuro”.
Novos contratos de manufatura
A aquisição da MWM possibilitou à Tupy ter um posicionamento único, com a oferta de soluções completas e economicamente eficientes para a indústria de bens de capital.
A combinação de conhecimentos, capacidades e da força da marca MWM permitiu à empresa ampliar o escopo dos contratos de manufatura, contemplando, além da usinagem, montagem de motores para terceiros e serviços de engenharia associados.
A companhia já anunciou os primeiros contratos, que entrarão em vigor em 2024, totalizando receitas adicionais de R$ 650 milhões ao ano, quando atingirem a maturidade.
A adição destes novos itens à carteira da Tupy reflete movimentos de localização da produção, que ocorrem na América do Norte, devido ao USMCA, mas também no Brasil e região.
Os produtos e serviços contemplados nestes contratos serão produzidos nas plantas da Tupy no México e Brasil.
Para isso, nos próximos três anos, são previstos investimentos da ordem de R$ 340 milhões, a fim de preparar e expandir as operações para atenderem à crescente demanda por serviços de alto valor agregado. Este montante inclui investimentos em novas tecnologias, para acelerar a transformação digital das operações.
Energia e descarbonização: Negócios escaláveis
Um outro destaque decorrente da aquisição da MWM é a contribuição que a companhia gerará para as iniciativas voltadas à energia e descarbonização, com destaque para soluções de mobilidade e geração de energia, por meio do uso de biocombustíveis.
No transporte rodoviário e urbano, por exemplo, já há projetos em andamento para a transformação da frota de caminhões e ônibus de grandes empresas brasileiras.
Já no segmento de energia, a MWM utiliza seu conhecimento em biocombustíveis, motores, grupos geradores e biotecnologia, para oferecer soluções completas, que contemplam aproveitamento de resíduos sólidos urbanos e dejetos do agronegócio, para a geração de eletricidade e produção de biocombustíveis.
A parceria anunciada recentemente com a cooperativa Primato já é a primeira fase de um projeto nessa linha, com alto potencial de escalabilidade. Com investimento inicial de aproximadamente R$ 9 milhões, a iniciativa abrange 13 propriedades, que serão atendidas por uma usina de biogás a ser instalada em Ouro Verde do Oeste (PR). Também está prevista a transformação veicular da atual frota, que substituirá o uso de diesel dos motores para biometano.
Nas palavras de Fernando de Rizzo, CEO da Tupy, “é motivo de orgulho termos alcançado resultados expressivos e avanços significativos na nossa estratégia. Seguimos focados em nossa visão de longo prazo direcionada ao retorno e geração de valor para nossos clientes, colaboradores, investidores e para a sociedade, estruturando uma companhia que será cada vez mais relevante na transição a uma economia de baixo carbono”.