Em 8 de dezembro, a ApexBrasil promoveu o painel “Estratégia de baixo carbono do setor industrial”, realizado na COP 28 – Conferência de Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU), em Dubai.
As discussões giraram em torno das contribuições da indústria para o Brasil cumprir a meta de reduzir as emissões absolutas em 53% até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2050.
Neoindustrialização
A participação da indústria no PIB brasileiro revela a desindustrialização do país nos últimos anos. No século 20, este percentual era de 20%, tendo caído para 11,3% em 2021.
Assim, a indústria brasileira tem um desafio duplo: Recuperar seu dinamismo e avançar na redução das emissões. A resposta do governo federal a ambos os desafios é a chamada neoindustrialização.
“O objetivo é priorizar o enfrentamento às mudanças climáticas por meio de uma a nova indústria, erguida sobre bases tecnológicas, inovadoras e sustentáveis. Em lugar de retomar o processo de industrialização nas bases tradicionais, busca-se uma nova indústria, capaz de contribuir para a construção de uma economia verde, não poluente e promotora do desenvolvimento sustentável”.
Sustentabilidade
De acordo com a ApexBrasil, a Estratégia Nacional de Comércio Exterior traz como eixo temático o Comércio e a Sustentabilidade, a exemplo de iniciativas como o Programa Brasil + Sustentável, o Programa Selo Verde, Selo Amazônia e o Programa da Camex de Sustentabilidade.
“Os temas ESG são prioridade da ApexBrasil e estão inseridos na Estratégia Nacional de Comércio Exterior”. Integram a estratégia, por exemplo, o Programa Exporta Mais Amazônia, com estímulo à biosocioeconomia, os editais para empresas amazônicas participarem de feiras de produtos naturais nos Estados Unidos e o Programa de Imagem e Acesso a Mercados do Agronegócio Brasileiro (PAM Agro), focado em ações de promoção de imagem do Agronegócio brasileiro na Europa.
Em breve, a ApexBrasil lançará ainda o Programa Apex Carbon Trade, que consolidará ofertas de produtos que viabilizem a entrada das empresas do agronegócio brasileiro no mercado de carbono, bem como o desenvolvimento de produtos sem emissão de carbono em sua produção.
No mesmo eixo estratégico estão os programas Selo Verde e Selo Amazônia, liderados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).