Os municípios de Betim, Divinópolis, Igarapé, Itaúna, Juatuba, Mateus Leme, São Joaquim de Bicas e Sarzedo comemoram o início das obras do Gasoduto Centro-Oeste. Trata-se da ampliação do Sistema de Distribuição de Gás Natural (SDGN) da Gasmig no Estado, com potencial para gerar mais de 15 mil novos postos de trabalho diretos e indiretos em Minas Gerais.
Juntos, os oito municípios respondem por 10% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial e 7% do PIB total de Minas Gerais, totalizando aproximadamente 1 milhão de habitantes, segundo dados do governo do Estado.
Sobre o gasoduto
O Gasoduto Centro-Oeste é o maior projeto de expansão no segmento desde 2010. A sua construção aumentará em cerca de 300 km a extensão das linhas do sistema, o que corresponde a um acréscimo superior a +23% da malha atual da companhia.
O potencial de consumo do projeto é em torno de 230 mil metros cúbicos por dia, com captação estimada de 1 mil novos clientes industriais e comerciais.
Os gasodutos serão testados e gaseificados por etapas, possibilitando que o início dos atendimentos aos municípios aconteça antes da conclusão de 100% das obras.
A implantação do Gasoduto Centro-Oeste começou pela construção da Linha Tronco, dividida em dois lotes de execução simultânea. Em um primeiro momento, haverá frentes de serviço nos municípios de Betim, Mateus Leme e Divinópolis.
Segundo Gilberto Valle Moura Filho, presidente da Gasmig, a construção do Gasoduto Centro-Oeste foi dimensionada de modo a possibilitar uma expansão futura do sistema de distribuição de gás para o Triângulo Mineiro.
A chegada do gás natural às oito cidades contempladas representa um grande potencial de geração de riquezas para a economia local, em especial para as indústrias metalúrgicas e siderúrgicas instaladas na região.
O Estado de MG conta com 243 fundições. Destas, 156 estão localizadas nos municípios de Cláudio, Itaúna e Divinópolis, segundo informações do SIFUMG – Sindicato da Indústria da Fundição no Estado de Minas Gerais.
Afonso Gonzaga, presidente do SIFUMG e vice-presidente da ABIFA – Associação Brasileira de Fundição, analisa que a construção do gasoduto agregará maior produtividade e competitividade às empresas da Região. “Vamos reduzir em 18%, em média, o custo industrial, o que nos dará competitividade, produtividade e a oportunidade de colocar a nossa região na vitrine para novas empresas de fundição. Em 2024, o setor na região estima investir R$ 250 milhões, boa parte influenciada pela expectativa da chegada do gás natural”.
Fonte: Agência Minas (https://www.agenciaminas.mg.gov.br/)