No início do ano, antes do anúncio do programa Mover, de Incentivo à Mobilidade Sustentável, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) acreditava que o Brasil teria um total de R$ 41,4 bilhões em aportes da indústria automobilística até 2032.
Passados dois meses, fatores como a Reforma Tributária, o retorno da taxação para carros elétricos importados, o Mover, o Marco de Garantias e a nova política industrial melhoraram o ambiente de investimentos, fazendo com que estes números mais do que dobrassem, sendo atualmente estimados R$ 95 bilhões em aportes até 2030.
Indústria automotiva | |
Empresa | Investimento estimado |
BMW | R$ 500 milhões |
BYD | R$ 3 bilhões entre 2024 e 2030 |
Caoa | R$ 4,5 bilhões entre 2021 e 2028 |
General Motors | R$ 7 bilhões entre 2024 e 2028 |
GWM | R$ 10 bilhões entre 2023 e 2032 |
Hyundai | R$ 5,45 bilhões |
Nissan | R$ 2,8 bilhões, entre 2023 e 2025 |
Renault | R$ 5,1 bilhões entre 2021 e 2027 |
Toyota | R$ 11 bilhões até 2023 |
Volkswagen | R$ 9 bilhões entre 2026 e 2028, além dos R$ 7 bilhões já anunciados para aporte entre 2022 e 2026, totalizando R$ 16 bilhões |
Stellantis | R$ 30 bilhões entre 2025 e 2030 |
Segundo o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, o programa Mover terá sua regulamentação publicada até o final de março. A regulamentação deve tratar de aspectos como o IPI Verde, por meio do qual quem emite menos paga menos imposto, e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico (FNDIT), que será gerenciado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O Mover trará R$ 19,3 bilhões em incentivos fiscais ao setor até 2028, sendo prevista a tributação diferenciada para a veículos sustentáveis, incentivos para a realização de atividades de pesquisa e desenvolvimento para as indústrias de mobilidade e logística, e requisitos obrigatórios para a comercialização de veículos produzidos no país.
A importância do setor automotivo para a fundição
A ABIFA – Associação Brasileira de Fundição atualizou a distribuição setorial das vendas do segmento com base nos números registrados em 2023.
A indústria automotiva segue na liderança do mercado consumidor de fundidos, com 40% da fatia de vendas, de modo que a fundição recebe com otimismo os investimentos anunciados pelo setor.
A atual capacidade instalada da indústria brasileira de fundição é de 4 milhões de toneladas, tendo sido produzidos 2,69 milhões de toneladas em 2023. Portanto, a fundição está capacitada para o aumento de demanda nos próximos anos, e já prepara investimentos em produtividade, para o incremento de sua competitividade.