A ANFAVEA – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores e o Boston Consulting Group (BCG) realizaram o estudo intitulado: “Avançando nos Caminhos da Descarbonização Automotiva no Brasil”. Trata-se de uma contribuição da entidade e do setor para a COP 2024, que será realizada no Azerbaijão, dias 11 e 12 de novembro.
Segundo apurado, atualmente o setor automotivo emite 242 milhões de toneladas de CO2 por ano, o que representa cerca de 13% das emissões totais do Brasil. Se o ritmo atual de crescimento for mantido, as emissões poderão atingir 256 milhões de toneladas em 2040.
No entanto, o estudo ANFAVEA/BCG demonstra que, ao se intensificar o uso das novas tecnologias de propulsão desenvolvidas pelos fabricantes de veículos nacionais, combinadas com a maior utilização de biocombustíveis, é possível obter uma redução de até 280 milhões de toneladas de CO2 nos próximos 15 anos.
Segundo a Associação, essa redução pode ser ainda mais expressiva, alcançando 400 milhões de toneladas de CO2 no mesmo período, caso sejam adotadas as seguintes medidas:
- Renovação da frota
- Inspeção veicular
- Aumento do poder calorífico dos biocombustíveis
- Implementação de programas de reciclagem veicular
Conforme a entidade, “esse avanço envolve o desenvolvimento de um ecossistema abrangente, que inclui a cadeia de fornecedores, infraestrutura de recarga, geração e distribuição de energia, além da produção de biocombustíveis”.
Como consequência deste cenário, a venda de veículos híbridos e elétricos leves pode ultrapassar a de veículos a combustão até o fim desta década, atingindo 1,5 milhões em 2030, chegando a representar mais de 90% em 2040. Já para o segmento de veículos pesados, as vendas com novas tecnologias de propulsão podem representar 60% em 2040. Em aplicações como ônibus urbanos, as versões elétricas podem ultrapassar 50% já em 2035.
Márcio de Lima Leite, presidente da ANFAVEA, afirma que “o estudo realizado demonstra o papel que o setor automotivo está desempenhando no desenvolvimento de tecnologias rumo à descarbonização, oferecendo soluções que não apenas atendem às necessidades de mobilidade, mas que também reforçam o compromisso em promover uma significativa redução das emissões de gases de efeito estufa, beneficiando a sociedade como um todo e as futuras gerações”.
Fonte: ANFAVEA