A partir de hoje, 12 de março, todo aço e alumínio importados pelos Estados Unidos passam a ser taxados em 25%, sem exceções ou isenções.
Até então, no caso do aço, o Brasil era isento até 3,5 milhões de toneladas de semiacabados e até 680 mil toneladas de acabados.
A medida imposta pelo presidente norte-americano Donald Trump certamente terá impacto na cadeia siderúrgica brasileira, visto que o país é o segundo maior fornecedor de aço dos EUA, conforme dados do Departamento de Comércio norte-americano. Somente em 2024, 4,1 milhões de toneladas foram exportadas para o país.
Os números do Brasil ficam atrás apenas do Canadá, responsável por 6 milhões de toneladas. Em terceiro lugar, vem o México (3,2 milhões de toneladas).
Ao todo, cerca de 25% do aço utilizado nas indústrias dos EUA é importado. No caso do alumínio, cujo principal exportador para o país também é o Canadá, essa parcela é de 50%.
Impactos no mercado brasileiro
Ainda é uma incógnita como a indústria nacional irá se comportar. Será que conseguirá absorver o aço exportado para os Estados Unidos?
Ademais, com menos demanda, empresas podem ter que diminuir sua produção, o que acarretaria cortes de empregos.
O raciocínio lógico também aponta para a diversificação dos destinos destas exportações, o que não seria tarefa fácil, visto que a concorrência esbarra na China, também uma grande exportadora.
Em nota, o Instituto Aço Brasil, entidade que representa as siderúrgicas brasileiras, informou estar confiante “na abertura de diálogo entre os governos dos dois países, de forma a restabelecer o fluxo de produtos de aço para os EUA nas bases acordadas em 2018”, ano em que foi estabelecida uma cota de exportação.