A proposta de enxugamento do número de ministérios proposta pela equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro está desagradando boa parte dos representantes da indústria nacional. Isso porque Paulo Guedes, principal formulador da política econômica do novo governo, defende que o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) seja fundido com os ministérios da Fazenda e Planejamento, formando um superministério da Economia.
A este respeito, Afonso Gonzaga, presidente da ABIFA – Associação Brasileira de Fundição, afirma que a entidade sempre destacou a importância de uma política industrial com vistas ao crescimento ordenado da indústria, cujo melhor meio de formatação seria o MDIC.
“Considerando a importância da indústria para o nosso país e a nova revolução industrial em curso, extinguir neste momento o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços seria subjugar a relevância da indústria para a retomada firme e consistente da economia brasileira. A reversão dos indicadores econômicos e sociais brasileiros passa necessariamente pelo princípio de que um país só é forte se tem uma indústria forte”.
Portanto, Gonzaga defende que a prioridade deve ser uma política industrial que vise à elevação da participação da indústria no PIB, ao contrário do que vem acontecendo nos últimos anos, o que só será possível com um ministério comprometido exclusivamente com essa agenda.