A produção de fundidos totalizou 2,28 milhões de toneladas em 2018, o que equivale a uma alta de 6,3% em relação aos 2,14 milhões de toneladas fundidas no ano anterior e de 8,6% sobre 2016. Os dados foram compilados pela ABIFA – Associação Brasileira de Fundição, após consulta às suas associadas.
O ferro fundido liderou a tonelagem de metal fundido em 2018, com 1,84 milhão de toneladas (+3,5% em relação a 2017), embora o destaque de crescimento tenha ficado por conta do aço (+30,8%), com 244 mil toneladas fundidas.
No segmento de não ferrosos, a alta foi de 8,7%, com a produção de 199,2 mil toneladas, entre alumínio (172,1 mil t / +10,4%), cobre (20,9 mil t / +0,6%), zinco (1,2 mil t / +0,2%) e magnésio (5,0 mil t / -7,7).
Tabela 1 – Produção acumulada de fundidos em 2018. | |||
Metal | Jan-Dez 2018 (t) | Jan-Dez 2017 (t) | 2018/2017 (%) |
Ferro | 1.840.152 | 1.778.329 | 3,5 |
Aço | 244.008 | 186.616 | 30,8 |
Não ferrosos (total)
Cobre Zinco Alumínio Magnésio |
199.219
20.945 1.158 172.076 5.040 |
183.242
20.812 1.155 155.816 5.459 |
8,7
0,6 0,2 10,4 -7,7 |
TOTAL | 2.283.379 | 2.148.188 | 6,3 |
Do total fundido em 2018, 1,90 milhão de toneladas foram consumidas no mercado interno, o que em percentagem equivale a um aumento de 7,7% sobre 2017 (1,79 milhão t).
O setor automotivo continua liderando a demanda de fundidos no país (50,4%), seguido dos segmentos de bens de capital (11,7%), ferroviário (6,8%), máquinas rodoviárias (6,2%), sucroalcooleiro (6,1%), infraestrutura (5,7%), siderúrgico (4,6%) e mineração (2,2%).
As exportações, por sua vez, ficaram praticamente estáveis. Tanto em peso (377,5 mil t) quanto em valor (837,0 MUS$), a queda foi de 0,3% em 2018.
Tabela 2 – Exportações acumuladas de fundidos em 2018, em peso e valores. | ||||||
Metal | Jan-Dez 2018 (t) | Jan- Dez 2017 (t) | 2018/2017 (%) | Jan- Dez 2018 (mil US$ – FOB) | Jan- Dez 2017 (mil US$ – FOB) | 2018/2017 (%) |
Ferro | 342.277 | 348.916 | -1,9 | 747.419,4 | 755.691,3 | -1,1 |
Aço | 29.651 | 25.708 | 15,3 | 74.859,6 | 72.444,8 | 3,3 |
Não ferrosos | 5.621 | 4.222 | 33,1 | 14.672,9 | 11.596,0 | 26,5 |
TOTAL | 377.548 | 378.847 | -0,3 | 836.915,8 | 839.732,1 | -0,3 |
Com relação ao número de profissionais empregados nas fundições, notamos uma tendência de crescimento. Em dezembro último, o registro foi de 55.061 colaboradores, o que equivale a uma alta de 4,5% sobre o mesmo mês de 2017 e de 8,5% em relação a dezembro de 2016.
Ao compararmos o ritmo de crescimento da produção e das contratações, a conclusão a que se chega é que a fundição brasileira está mais produtiva.
Em dezembro do ano passado, a produtividade do setor ficou em 41,6 t/h.a. O pior índice foi registrado em junho de 2016 (± 38 t/h.a) e o melhor em outubro de 2008 (58,4 t/h.a).
Previsões
Com base nas estimativas de produção de seus principais nichos de mercado, intenções de investimento da indústria a curto prazo e expectativas de consumo, a ABIFA prevê que o setor de fundição deverá ter um incremento de produção/tonelagem fundida de 7% em 2019 (2,44 milhões de toneladas).
A tendência de crescimento seguirá nos anos seguintes, com a produção chegando a 3,20 milhões de toneladas em 2023.
A capacidade instalada do setor, de 4 milhões de toneladas anuais, deverá se manter, o que não significa que não haverá investimentos. Conforme mencionado anteriormente, a indústria de fundição está a cada ano mais produtiva, o que passa necessariamente pelo investimento em máquinas e equipamentos que acompanhem essa evolução.