A ABAL – Associação Brasileira do Alumínio lançou uma nova edição de seu Anuário Estatístico. Segundo o documento, em 2023 o consumo doméstico de produtos de alumínio foi de 1,4 milhão de toneladas, o que representa um recuo marginal de (2,7%) em relação ao ano anterior (equivalente a um volume de 40 mil toneladas).
Apesar da retração da demanda de produtos em alumínio, no mesmo período a produção do metal primário aumentou +26%, atingindo mais de 1 milhão de tonelada. A esse volume se soma as 850 mil toneladas de alumínio reciclado.
Janaina Donas, presidente-executiva da ABAL, avalia que “2023 foi um ano de ajustes e acomodações no cenário nacional e internacional. E apesar do recuo no consumo de produtos de alumínio, o ano também marca um momento de virada para o setor. Além de encerrar um ciclo de crescimento marginal, conseguimos recuperar a autossuficiência no suprimento do metal e subir quatro posições no ranking global de produção de alumínio primário. Agora, o Brasil figura na oitava colocação”.
Contribuição do setor para a economia e o PIB
Ainda de acordo com os dados do Anuário, os investimentos do setor no último ano somaram cerca R$ 5,6 bilhões; valor +1,8% maior em relação a 2022, estando em linha com o ciclo de investimentos previamente anunciados, de aportes de R$ 30 bilhões na economia até 2025.
O setor também contribuiu com 5,6% do PIB Industrial do país e foi responsável pela geração de mais de 511 mil empregos diretos e indiretos, o que corresponde a um aumento de +2,1% em relação ao ano anterior.
Balança comercial positiva
Em 2023, houve um crescimento do superavit comercial de +2,6% em relação ao ano anterior, totalizando US$ 2,7 bilhões (FOB).
Os embarques brasileiros do setor representaram US$ 4,6 bilhões (FOB), enquanto as importações registraram US$ 1,9 bilhão (FOB); uma queda de (25,7%) frente a 2022. Com isso, o saldo da balança cresceu +2,6%, para US$ 2,7 bilhões.
1T2024 – Consumo interno de produtos de alumínio
No 1º trimestre de 2024, o consumo de produtos de alumínio totalizou 386,9 mil toneladas, que corresponde a um aumento de +6,3% em relação ao mesmo período de 2023. Este resultado marca o segundo trimestre consecutivo de crescimento interanual, sinalizando a possibilidade de encerramento de um ciclo de crescimento marginal observado desde o final de 2021.
Todos os segmentos de produtos de alumínio tiveram crescimento positivo em relação ao primeiro trimestre do ano passado, em função do desempenho dos seus principais mercados consumidores:
- Fundidos (+0,7%) – Impulsionado pelo setor de Transportes (+5,4%)
- Cabos (+13,4%): Produto consumido pelo setor de elétrico, que cresceu cerca de 14,4%
- Extrudados (+10,8%) – Utilizado principalmente no segmento de construção civil (+15,9%)
- Laminados (+5,2%) – O crescimento deste segmento foi puxado sobretudo pela demanda dos mercados de bens de consumo (+13,9%) e transportes (+5,4%)
- Pó/Uso destrutivos/Outros (+13,7%) – Consumido no segmento de ferroligas e siderurgia
As exceções ficaram para as quedas registradas nos segmentos de máquinas e equipamentos 13,8%) e embalagens (1,2%).
Janaina Donas conclui: “Se por um lado o recuo da demanda de produtos de alumínio em 2023 reflete um processo de acomodação da atividade industrial após um longo período que oferece elementos de comparação atípica, por outro lado a melhoria de alguns indicadores econômicos, como redução da taxa de juros, recuperação do mercado de trabalho e o aumento da renda das famílias, favorecem as perspectivas de um cenário mais positivo de recuperação, mas que ainda precisa ser confirmado nos próximos trimestres”.
Sobre o Anuário Estatístico ABAL 2023
O material oferece um perfil atualizado e abrangente da indústria do alumínio nos âmbitos nacional e internacional. Esta edição apresenta os dados mais relevantes do Brasil sobre fornecimento e consumo de bauxita, alumina, alumínio primário e produtos transformados. Além disso, contém informações detalhadas sobre importações e exportações, produção e consumo mundial de alumínio, reciclagem e segurança do trabalho, bem como as principais tendências e inovações do setor.
Ao custo de R$ 450,00, o Anuário Estatístico ABAL 2023 pode ser adquirido em: https://www.abalconteudos.abal.org.br/product-page/anu%C3%A1rio-estat%C3%ADstico-do-alum%C3%ADnio-2023