Neste material, a FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo analisa os resultados da Indústria em 2024 e faz projeções para o atual exercício, considerando os cenários local e internacional.
PIB 2024
O Produto Interno Bruto cresceu +0,9% no 3º trimestre, apresentando desaceleração moderada no comparativo com o trimestre anterior, quando a alta foi de +1,4%.
Na avaliação da entidade, o resultado positivo no trimestre foi puxado pelo setor de Serviços e Indústria, que por sua vez foi impulsionada pela indústria de transformação, favorecida pela recuperação do grupo de bens de capital e de bens de consumo duráveis. Com esse resultado, o segmento registrou o quinto trimestre consecutivo sem quedas.
Segundo a FIESP, em 2024 a indústria de transformação entrou em processo de recuperação.
A Indústria tem sido favorecida pela retomada dos planos de investimentos das empresas industriais e pela melhora da confiança dos empresários.
Produção industrial – Bens de capital
O forte crescimento da produção de veículos pesados contribuiu para a recuperação do setor. No comparativo 2024/2023, a produção de caminhões aumentou +40,5%, e a de ônibus +34,7%.
Produção Industrial – Bens de consumo duráveis
Além da melhora das condições de crédito, o setor vem sendo beneficiado pela expansão da renda das famílias (aumento real do salário-mínimo + precatórios), somada a um mercado de trabalho aquecido.
Projeções e expectativas para 2025
As medidas de ajuste fiscal anunciadas pelo governo no final de 2024 deverão ter impacto de R$ 70 bilhões neste ano e no próximo.
Tendo em vista as repercussões estimadas, o mercado espera um baixo crescimento em 2025, devido ao menor impulso fiscal e ao elevado patamar dos juros.
Para a FIESP, o cenário prospectivo para 2025 contempla:
● Continuidade de desaceleração do PIB, devido, em grande medida, às condições financeiras mais restritivas e ao menor impulso fiscal.
● Um dos fatores que tendem a contribuir para a piora das condições financeiras é a retomada do aperto monetário, sobretudo após intensificação do ritmo de elevação dos juros.
● No cenário externo, a expectativa é que o aumento do protecionismo nos EUA resulte em elevação da inflação e dos juros internacionais. Os juros mais elevados nos EUA implicam um cenário de dólar mais apreciado no mercado internacional, o que pode pressionar sobretudo as moedas emergentes.
Fonte: FIESP |