O termo “atípico” tem sido recorrente nos discursos acerca do comportamento da indústria brasileira de fundição. No primeiro ano de pandemia, o setor começou a reagir positivamente já no segundo semestre de 2020 e de lá para cá o crescimento tem sido constante, com fundições lotadas e grandes volumes de investimentos em curso.
Iniciamos 2022 com o melhor janeiro desde 2015, e previsão de crescer 15% no ano. Além da demanda interna aquecida, temos a recuperação das exportações, beneficiadas inclusive pelo fechamento de fundições em todo o mundo nos últimos anos. Trata-se de uma incrível demanda física, que vem acompanhada de uma sem precedentes demanda técnica.
Ou seja, o mercado não busca mais apenas um fundido. Ele quer uma solução; valor agregado, um produto/serviço de excelência, e para atendê-lo o fundidor entendeu que precisa sim investir, para crescer. E isso está sendo feito.
O que cobramos, enquanto entidade representativa do setor, são condições mínimas para manter a competitividade da indústria brasileira, de modo que a aprovação da Reforma Tributária é mais do que urgente. E está sendo cobrada!
A modernização da tributação sobre o consumo de bens e serviços, em que a tributação acontece apenas na ponta de consumo e não nos bens de produção, contribuirá inegavelmente para a redução do Custo Brasil e melhora da competitividade dos nossos produtos.
A disparada dos preços das commodities com a guerra entre Rússia e Ucrânia também está em nosso radar. Ainda é cedo para traçarmos um cenário a longo prazo, de forma que insistimos no diálogo entre fornecedores e clientes, visando a um denominador comum que no futuro beneficiará a todos.
Reiteramos que o momento segue favorável para a fundição. Estamos crescendo e temos espaço e demanda para crescer ainda mais. Venham para ABIFA e participem conosco deste momento importante para a indústria brasileira.
Afonso Gonzaga
Presidente da ABIFA – Associação Brasileira de Fundição