O setor industrial cresceu +2,6% no primeiro semestre de 2024, segundo apuração realizada pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. No acumulado dos últimos 12 meses, o avanço foi de +1,5%.
Somente em junho, a indústria brasileira cresceu +4,1% na comparação com o mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, marcando o resultado positivo mais intenso desde julho de 2020 (+9,1%).
Ainda sobre o índice de junho, diferentemente do observado em maio, as quatro grandes categorias econômicas e 16 das 25 atividades industriais pesquisadas apontaram crescimento de produção.
De acordo com o IBGE, com estes resultados, a produção industrial ultrapassa o patamar pré-pandemia (+2,8% acima de fevereiro de 2020); mas ainda se encontra (14,3%) abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.
Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas Brasil – Junho de 2024 | ||||
Grandes Categorias Econômicas | Variação (%) | |||
Junho 2024 / Maio 2024* | Junho 2024 / Junho 2023 | Acumulado Janeiro-Junho | Acumulado nos Últimos 12 Meses | |
Bens de Capital | 0,5 | 9,0 | 5,0 | -5,1 |
Bens Intermediários | 2,6 | 1,1 | 1,8 | 1,6 |
Bens de Consumo | 6,8 | 6,6 | 4,2 | 2,9 |
Duráveis | 4,4 | 12,0 | 4,3 | 0,7 |
Semiduráveis e não Duráveis | 4,1 | 5,8 | 4,1 | 3,2 |
Indústria Geral | 4,1 | 3,2 | 2,6 | 1,5 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas *Série com ajuste sazonal |
Outra boa notícia relativa à indústria brasileira vem da FGV – Fundação Getulio Vargas: Em julho, o uso da capacidade instalada na indústria nacional alcançou 83,4; o maior desde maio de 2011. Já o nível de estoques ficou em 96,2 pontos; o melhor desde 2022
Expectativas da indústria em agosto
Na sequência, compilamos os índices de expectativas do empresário industrial em agosto, o que aponta como o setor deve se comportar nos próximos meses. Os números são da Sondagem Industrial realizada pela CNI – Confederação Nacional da Indústria.
Demanda
Em agosto, o índice de expectativa de demanda atingiu 58,3 pontos, após avançar 0,6 ponto frente a julho. Entre as Regiões, todos os índices permanecem acima dos 50 pontos, revelando otimismo.
Compra de matérias-primas
O índice de expectativa de compras de matérias-primas atingiu 56,1 pontos em agosto, após avanço de 0,2 ponto frente a julho. Os índices por regiões também permanecem em patamar otimista.
Nº de empregados
O índice de expectativa de número de empregados no setor atingiu 52,8 pontos, com avanço de 0,2 ponto frente a julho. Entre as Regiões, todos os índices permanecem acima dos 50 pontos.
Exportações
O índice de expectativa de quantidade exportada, por sua vez, recuou em agosto, embora permaneça em patamar otimista.
Em agosto, este índice atingiu 51,8 pontos, após recuar 1 ponto frente a julho. Entre regiões, apenas os índices para as regiões Norte e Sul não indicam expectativas positivas.
Intenção de investimentos
O indicador de intenção de investimento atingiu 57,8 pontos em agosto, com avanço de 0,5 ponto frente a julho. Com o crescimento, o índice fica 5,8 pontos acima da média história do indicador, de 52 pontos.
Sobre a indústria brasileira de fundição – Balanço 1S2024
De acordo com a ABIFA – Associação Brasileira de Fundição, no primeiro semestre de 2024, o setor produziu 1,269 milhão t, o que equivale a uma redução de (1,0%) no comparativo com o mesmo período de 2023.
No comparativo interanual (1S23/22), o consumo interno de fundidos ficou tecnicamente estável, tendo aumentado +0,13%. Já as exportações caíram (8,3%) em peso e (10,3%) em valores. Confira a matéria completa em: https://abifa.org.br/site/fundicao-fecha-1o-semestre-24-com-producao-tecnicamente-estagnada/
O histórico dos índices setoriais da fundição está disponível em: https://abifa.org.br/site/indices-setoriais/
Os números do setor são divulgados mensalmente em Reunião Plenária conduzida pela ABIFA, aberta aos profissionais do segmento. A próxima ocorrerá em 27 de agosto.