A CNI – Confederação Nacional da Indústria estima que o PIB – Produto Interno Bruto do Brasil aumentará +1,4% este ano. O percentual é pouco superior ao 1,2% previsto em dezembro de 2021, antes da guerra na Ucrânia e do agravamento da pandemia de Covid-19 na China, que pressionaram os preços e adiaram as expectativas de normalização das cadeias globais de produção.
Em abril, a CNI havia previsto uma expansão menor da economia, de +0,9%, devido a estes fatores, mas os dados disponíveis até o momento sobre o primeiro semestre revelam um bom desempenho da atividade econômica no Brasil, com melhoria no mercado de trabalho e aumento da demanda do setor de serviços.
Segundo Mário Sérgio Telles, gerente-executivo de Economia da CNI, alguns fatores transitórios contribuíram para um desempenho melhor da economia no primeiro semestre. São eles: adiantamento do 13º salário para aposentados e pensionistas do INSS; liberação de saques do FGTS; retomada do pagamento do abono salarial; e aumento das transferências diretas de renda.
Emprego – Previsão
Segundo Informe Conjuntural do 2º trimestre publicado pela entidade, a recuperação do mercado de trabalho segue firme, com o emprego em elevação desde 2020, totalizando 97,5 milhões de pessoas ocupadas – Maior ocupação desde o início da série, em 2012.
O rendimento médio real também vem crescendo, a despeito da inflação elevada.
Com isso, a CNI revisou a expectativa da taxa de desemprego média no ano, de 12,9% para 10,8%; e o crescimento da massa salarial real, de +1,4% para +1,6%.
PIB de Serviços – Previsão
Além do aumento da massa salarial, o setor de serviços também tem sido beneficiado pela normalização pós-pandemia de serviços ligados à mobilidade.
Assim, a projeção de crescimento do segmento passou de +1,2%, para +1,8%.
PIB Industrial – Previsão
De acordo com a CNI, a Indústria segue enfrentando dificuldades, mas a projeção do PIB Industrial passou de queda de (0,2%) para alta de +0,2%.
PIB Agropecuário – Previsão
A revisão da Agropecuária, no entanto, foi no sentido inverso, com previsão de estabilidade (0%), ante alta de +1,3%. O recuo ocorre devido aos efeitos do clima adverso no início do ano para a soja, que foram mais intensos do que o previsto.
Fonte: CNI (https://noticias.portaldaindustria.com.br/)