Com a retomada da produção industrial e consequente aumento da demanda interna de sucata ferrosa, as empresas de sucatas optaram por frear as exportações, dando prioridade ao mercado interno.
Segundo o INESFA – Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço, as exportações do insumo recuaram -73% em fevereiro, em relação ao mesmo mês de 2020, ficando em 23.632 t.
Já as importações voltaram a crescer em fevereiro, atingindo 63.6967 t, após totalizar 35.057 toneladas em janeiro. Para se ter ideia do incremento destes volumes, nos primeiros dois meses de 2020 foram importadas pouco mais de 2.300 t.
Segundo Clineu Alvarenga, presidente do INESFA, “as usinas siderúrgicas estão plenamente abastecidas, com cerca de um mês de estoque nos pátios. As empresas de sucata estão priorizando a oferta no mercado interno e diminuindo o volume das exportações”. Ainda de acordo com o executivo, as siderúrgicas, embora venham reduzindo nos últimos anos o consumo do insumo na produção de aço (25%, contra a média mundial de 33%), há décadas são plenamente abastecidas pelas empresas brasileiras, de modo que o volume exportado é apenas o excedente. “Mais de 90% da produção de sucata de ferro e aço é destinada ao mercado interno”, esclarece.
Alvarenga reitera que as importações de sucatas ferrosas sempre foram historicamente residuais, e que os volumes que chegaram neste início de ano se referem a contratos fechados pelas usinas nos meses de outubro e novembro do ano passado, quando houve uma recuperação acima do esperado da produção industrial.
