Todas as terças-feiras depois do término do expediente um grupo de funcionários da Fundição Santa Terezinha, de Gaspar, troca o chão de fábrica pela sala de aula. Há cerca de um ano e meio, cerca de 30 colaboradores passaram a ter lições básicas de matemática, português e outras disciplinas da grade curricular do ensino fundamental. A empresa custeia o material escolar, serve lanche e ainda abre as portas para que familiares dos trabalhadores também aprendam. Os alunos são, em sua maioria, homens que pararam de estudar antes de concluir a 6ª série. A bela iniciativa rendeu reconhecimento por parte da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), que entregou à Fundição Santa Terezinha, na última semana, o Prêmio Santa Catarina pela Educação na categoria “elevação da escolaridade básica do trabalhador – empresa de micro e pequeno porte”.
A meta, agora, é fazer com que em até dois anos 90% do quadro funcional tenha pelo menos o ensino fundamental completo para, depois, dar início às aulas do ensino médio. Outro destaque do Vale na premiação é a BN Papel Catarinense. A empresa desenvolve o programa Fundamentando Sonhos, que também busca aumentar o nível de escolaridade de seus colaboradores na unidade fabril de Benedito Novo. Atualmente 37 pessoas participam da iniciativa.
Entre as ações de mobilização estão a liberação de trabalhadores para frequentar as aulas durante a jornada de trabalho, o subsídio de até R$ 200 na
aquisição de lentes corretivas prescrita por oftalmologista e o subsídio de 100% da alimentação para os funcionários assíduos.
A Zen, de Brusque, e o Sinduscon de Blumenau também foram reconhecidos por programas de educação executiva. Já a Coteminas foi um dos destaques na categoria “melhores práticas de estágio”.
FONTE: JORNAL DE SANTA CATARINA