12/01/2015
O novo ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro Neto, tomará posse hoje (07/01) com um instrumento já em mãos para executar uma das principais missões que a presidente Dilma Rousseff lhe deu. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) tem pronto um plano para tentar abrir novos mercados às empresas nacionais.
Em 2014, a principal aposta da agência foi um conjunto de ações de marketing de relacionamento ligadas sobretudo à Copa do Mundo organizada pelo Brasil e outros grandes eventos esportivos. Para 2015, no entanto, a ideia da Apex é priorizar missões comerciais e participações em feiras internacionais. Outra meta da agência é ampliar o número de médias empresas que exportam no país. Até outubro do ano passado, as exportações realizadas com o apoio da Apex totalizaram US$ 52,4 bilhões, uma lata de 39,5% em relação ao mesmo período de 2013. Essas vendas representaram 27,3% das exportações brasileiras registradas entre janeiro e outubro de 2014, participação que cresceu em relação à taxa de 19,1% observada na mesma etapa do ano anterior. A agência não revelou suas projeções para este ano.
“Não teremos outra Copa do Mundo. O marketing de relacionamentos continuará foret, mas teremos um foco em missões comerciais”, afirmou ao Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, o presidente da Apex, Mauricio Borges.
No ano passado, além da Copa do Mundo, as ações de marketing de relacionamento da Apex e seus parceiros na iniciativa privada ocorreram em meio a provas da Fórmula Indy, Moto GP, Fórmula 1, Golf e do Professional Bull Riders (PBR), o campeonato mundial de rodeio. “Se eu pudesse, teria uma Copa do Mundo todo ano”, brincou Borges, cuja permanência no posto ainda não havia sido definida pelo novo ministro até o fechamento desta edição. “A Copa mostrou para o mundo quantas empresas temos aqui.”
De acordo com o presidente da Apex, o ministro terá toda a liberdade para fazer ajustes nos planos de agência. Ele ponderou, no entanto, que as parcerias entre a instituição e o setor privado têm dois anos de duração e, portanto, podem ser redirecionadas, mas não param.
“Há convênios com mais de 80 associações setoriais que vão até 2016, garantindo foco em mercados, na área de inteligência, dando foco em mercados alternativos dando também uma segurança para que o empresário saiba que o trabalho vai continuar”, disse Borges.
Por ora, já há pelo menos nove missões comerciais agendadas pela Apex. A primeira será em março para o Japão, a qual ocorrerá no âmbito da feira do setor de alimentos e bebidas Foodex.
Em junho, ocorrerá uma missão aos Estados Unidos dos empresários que participarão da Fancy Food, outro evento do segmento.
Na sequência, a Apex promoverá missões comerciais para Egito e Argélia, em maio, e Polônia e Alemanha, em junho. Em julho, ocorrerá uma missão rumo à África do Sul, Angola, Moçambique, Quênia e Tanzânia. Os empresários brasileiros desembarcarão na Colômbia e no Peru em agosto, e em setembro ocorrerá uma missão a Moscou no âmbito da feira WorldFood. Em outubro, será a vez de a República Dominicana e a Costa Rica serem os destinos de uma missão comercial organizada pela Apex.
“Em 2014 forma mais de 85 empresas que participaram da Sial [evento de alimentos e bebidas]. Então, tem um resultado fantástico. Brasil é visto como grande player do mundo na parte de alimentação e isso se materializa nesses eventos”, comentou Borges, destacando ainda o crescimento da Gulfood, feira organizada no Oriente Médio que terá a 20ª edição em Dubai. “Vamos para quase 80 empresas em 2015 [na Gulfood]. Isso mostra uma retomada do mercado árabe e a feira em Dubai é um grande centro com compradores de várias regiões do mercado árabe.”
(Para ler a matéria na íntegra, por favor, entre em contato conosco).
fonte: Valor Econômico – Fernando Exman e Lucas Marchesini – 7 de janeiro de 2015.