Page 36 - Revista Fundição & Matérias-Primas
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CADERNO TÉCNICO 1DERNO TÉCNICO 1
com precipitação nos contor-
nos dos grãos. À medida que o
percentual de Nb aumentou na
liga, houve maior formação de
carbonetos NbC nos contornos
dos grãos. Isso contribuiu para a
queda da resistência ao impacto,
fragilizando a liga Nb2 e, princi-
palmente a liga Nb3, que tinha o
maior percentual de Nb.
■ Com base nas propriedades ob-
tidas, as ligas foram classificadas
Fig. 9 - Variação dos tamanhos de grãos, em função das ligas. de acordo com a norma ASTM
A148/A148M-05. A liga Ref1 foi
classificada na classe 1140-1035,
e a liga Ref2 na classe 1450-1240.
As ligas com adição de Nb (Nb1
e Nb2) foram classificadas na
classe 1450-1240L. A liga Nb3
não pôde ser classificada em ne-
nhuma classe desta norma.
Fig. 10 - Espectro referente à composição química média da matriz da liga Nb3, via EDS.
obtendo um resultado de 31 J. Po- ■ A resistência ao desgaste abra-
rém, à medida que o percentual de sivo aumentou nas ligas com Nb,
Nb na liga aumentou, houve um em relação às ligas de referência. O
decréscimo nos valores das ener- melhor resultado foi obtido com
gias de impacto absorvidas. A liga a liga Nb3, cujo volume perdido
Nb2 (aço baixa liga à base de Ni, foi de 165 mm³; resultado 28% e
Cr, Mo, com percentual de nióbio 32% superiores aos das ligas Ref1 e
de 0,22%) atingiu 26 J, enquanto a Ref2, respectivamente. Fig. 11 - Mapa da composição química da liga
Nb3 atingiu apenas 9 J, pior resul- ■ O percentual de Nb teve in- Nb3, no qual: A) área analisada; B) distribuição
dos elementos; C) ferro; D) carbono; E) cromo;
tado entre todas as ligas. fluência na formação de NbC, F) molibdênio; G) níquel e H) nióbio.
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