Page 6 - Revista Fundição & Matérias-Primas

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Curso Técnico de Fundição
Curso Técnico de Fundição

volta ao catálogo do MEC
volta ao catálogo do MEC

m 2011, o Curso Técnico de “A inserção do Curso Técnico que investir mais do que nunca
Fundição deixou de inte- em Fundição no Catálogo Na- em produtividade: “Não vejo
Egrar o Catálogo Nacional cional dos Cursos Técnicos e outra maneira, mais simples, de
dos Cursos Técnicos (CNCT), do sua aguardada aprovação vêm se atingir patamares de eficiên-
MEC – Ministério da Educação. A ao encontro de uma necessidade cia e qualidade de produção, do
alegação era que o Curso Técnico de crescente de formação profissio- que investir em treinamentos e
Metalurgia, também presente no ca- nal no setor de fundição. A falta formação de especialistas na in-
tálogo, atendia à demanda dos profis- deste profissional, formado ex- dústria, principalmente em nível
sionais da indústria de fundição. clusivamente no SENAI Itaúna técnico. A qualificação da mão

Desde então, uma “batalha” foi CETEF – MG, deixou um vazio de obra e a sua retenção são
travada para a reversão dessa de- na formação de técnicos especia- condições básicas para a indús-
cisão. Ciente da necessidade de listas para o segmento de fundi- tria se estabelecer, crescer e dar
uma formação diferenciada para ção. Conhecido nacionalmente, sequência a este crescimento. O
o profissional que trabalha no setor o técnico em fundição se inseriu técnico em fundição, desde a pri-

de fundição, o SENAI/MG, jun- no mercado de fundição em um meira turma, formou aqueles que
tamente com sindicatos e empre- nível intermediário na tomada hoje são empresários e gestores
sários de Minas Gerais e outros de decisões estratégicas dentro das pequenas, médias e grandes
Estados, apresentaram no Painel da indústria. A ausência deste empresas de fundição do Brasil.
de Especialistas do setor Metalúr- profissional provocou, princi- Sendo assim, nossa história foi
gico, do Departamento Nacional palmente nas médias e pequenas escrita e devemos continuar a
do SENAI e CNI, a necessidade da empresas, a falta de uma mão de formar os novos gestores deste
formação de um profissional técni- obra especializada e, com isso, a segmento industrial tão impor-
co na área de fundição, na qual o falta de implantação de novas e tante e único, que está presente
profissional técnico de metalurgia modernas tecnologias na indús- em componentes mecânicos que
tinha atuação limitada. tria de fundição. atuam nas profundezas dos ocea-

Segundo Marco Túlio da Fonseca, ge- Após essa conquista, inicia-se a nos e que neste momento viajam
rente do SENAI Itaúna CETEF – MG, fase dos trâmites de homologação pelos confins do universo. Fun-
este painel tinha por objetivo tra- do curso no Conselho Nacional de dição não é somente uma indús-
zer à tona informações relevantes Educação. Depois disso, o curso tria, é a expressão máxima da tec-
sobre a realidade do mundo do nologia mais antiga na evolução
trabalho, fazendo transparecer as volta a ser oferecido. humana. Só evoluímos porque a
mudanças tecnológicas e organi- Em algumas palavras, Fonseca tecnologia evoluiu e foi passada
zativas que estão ocorrendo ou resume a importância desta con- adiante ano após ano. A isso, nós,
ocorrerão tanto na área quanto quista para a indústria de fundi- do SENAI, chamamos de capaci-
no perfil profissional. ção, que no pós-pandemia terá tação e treinamento”. g

6 FMP, JULHO 2020