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melhor  eficiência  térmica,  econo-
          mia  e  menos  agressões  ao  meio
          ambiente. No entanto, esta opção
          é inviabilizada devido à longa dis-
          tância  a  ser  percorrida  pela  rede
          de distribuição de gás e pelo baixo
          consumo dos fornos, o que inviabi-
          liza o uso de tanques.

          O movimento de rotação  do  for-
          no  durante  o  preaquecimento,  no
          início  e  durante  a  fusão  da  carga
          metálica, proporciona o aproveita-
          mento por radiação do calor acu-
          mulado  no  refratário.  Além  disso,
          quando  o  metal  se  torna  líquido,
          obtém-se  uma  boa  homogeneiza-
          ção da composição química .
                                   [1]
          O  forno  rotativo  apresenta  uma   Fig. 1 – Projeto básico do sistema fusor com dois fornos do tipo tambor rotativo acoplados.
          série  de  vantagens,  que  abrangem   Fonte: SENAI Itaúna/CETEF.
          aspectos econômicos, metalúrgicos
          e de impacto ambiental.
          De fato, este tipo de forno satisfaz
          plenamente  as  exigências  de  uma
          produção  econômica  e  altamen-
          te produtiva, sendo que um único
          operador é capaz de carregar, con-
          trolar,  operar  correções  e  realizar
          vazamentos (na panela e nos mol-
          des) a taxas de 2,5 t/h.

          Metalurgicamente,  os  resultados
          não são diferentes dos alcançáveis
          com os fornos indutivos. Ademais,
          o eficaz revolvimento do forno ro-
          tativo permite o amalgma perfeito
          dos  elementos  corretivos,  assim
          como dos dessulfurantes.

          No entanto, mesmo que a chama dos
          fornos rotativos esteja bem regulada,
          compatível  com  as  dimensões  da
          fornalha, sempre há uma perda con-
          siderável de calor em sua saída.   Fig. 2 – Movimentação perpendicular do forno. Fonte: SENAI Itaúna/CETEF.


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