Page 33 - Revista Fundição & Matérias-Primas
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para a adequação da área industrial, como a instalação de um novo sistema de exaustão, fornos a indução e de
          tratamento térmico, equipamentos de jateamento e de usinagem. Agora, novos investimentos estão sendo pla-
          nejados, para que possamos estar bem abaixo dos requisitos impostos pela legislação.


          A energia elétrica é responsável por boa parte dos custos da fundição. Em 2017, a Altona conseguiu reduzir a
          sua intensidade energética em 14% para cada tonelada de aço produzido, que ficou em 2.458,50 kWh/t. Como
          a empresa atingiu essa meta?

          Girardi: De fato precisamos estar atentos ao consumo de energia, pois se trata de um produto caro, que ficará
          mais caro ainda. O segredo da Altona é a otimização em tudo. Investimos na otimização dos processos, efici-
          ência operacional, substituição de equipamentos antigos por novos, de última geração, além de treinamento e
          conscientização sobre o uso racional da energia.


          Com relação à sua cadeia de suprimentos, 98% dos fornecedores da Altona são nacionais. O que a empresa
          importa? E por que precisa recorrer à importação desses itens?

          Girardi: A empresa importa ferroligas, eletrodos de grafite e areia de cromita, entre outros itens, em razão da
          sua viabilidade econômica no mercado externo.


          Falando em inovação, a Altona é uma fundição 4.0?
          Girardi: Ainda estamos distantes de ser uma fundição 4.0, mas estamos no caminho. Por dispormos de uma
          grande diversidade de produtos, necessitamos ser excelentes e este é um caminho sem volta. Temos certeza que
          Indústria 4.0 ajudará o nosso crescimento.


          Sobre o futuro próximo, como a Altona deve encerrar o exercício 2018?
          Girardi: A expectativa é de um aumento de 35% no faturamento da empresa, no comparativo com 2017.


          Qual a meta para 2019?
          Girardi: Para o próximo ano, vislumbramos oportunidades de crescimento, não perdendo de vista a sustentabi-
          lidade. A projeção que fazemos é de uma alta de 15% sobre 2018.


          Quais os planos para os próximos anos?
          Girardi: Esperamos que o Brasil retome o seu crescimento. Diante disso, cresceremos junto e vamos nos pre-
          parar. Estamos otimistas.


          Por fim, o que o senhor, enquanto empresário, espera do governo de Jair Messias Bolsonaro?
          Girardi: Acredito na necessidade de um plano arrojado de crescimento em todos os setores, buscando gerar
          riqueza e distribuir a renda. O Brasil apresenta um grande potencial de investimentos, pois carece de quase tudo.
          Temos que acreditar no nosso Brasil! g


          *As opiniões expressas pelos entrevistados não são necessariamente as adotadas pela ABIFA e pela revista
          Fundição & Matérias-Primas, que podem inclusive ser contrárias a estas.


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