Page 39 - Revista Fundição & Matérias-Primas
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na areia como no aglomerante.
          Dependendo do tipo de aglome-
          rante usado e da temperatura em
          qualquer ponto do plano de areia,
          temos reações termicamente in-
          duzidas simultaneamente à ex-
          pansão da areia, levando a signifi-
          cativas distorções no formato do
          compósito .
                    [2]


          Equipamento utilizado em           Fig. 1 – Tensões que atuam no corpo de prova durante o ensaio de distorção térmica.
          ensaios de distorção térmica

          O equipamento tradicional para    de prova ainda está intacto, permi-
          ensaios de distorção térmica      tindo a determinação de informa-
          (TDT, thermal distortion tester)  em-  ções  valiosas,  como  a resistência
          prega corpos de prova em forma    mecânica,  a avaliação visual  para
          de disco, para efetuar compara-   a detecção de trincas (as quais po-
          ções entre os sistemas de areia  dem  resultar  em  penetração  e/ou
          quimicamente aglomerada. Ele  na  formação  de  veios)  e  a  perda
          apresenta uma viga simples, que  de peso, que está relacionada com
          não possui nenhum benefício de  a pirólise das pontes  de  aglome-    Fig. 2 – Conjunto do anel de suspensão.
          orientação quando colocado no  rantes e a resultante quantidade de
          equipamento para teste.           grãos de areia soltos e não ligados   ■ A espessura do corpo de prova em
                                                                    [3]
          As temperaturas típicas de fun-   na interface metal/molde .         forma de disco é limitada a 8 mm.
          ção variam de 760°C (alumínio) a   O ensaio de distorção térmica foi  ■  É  incapaz  de  representar  pres-
          1288°C (ferro fundido). No caso   concebido  com a intenção de  se  sões metalostáticas variáveis duran-
          das ligas à base de cobre, ela é de   obter dados sobre a deformação de  te o preenchimento do molde.
          1204°C.                           qualquer sistema de areia e aglome-
          Os ensaios de  distorção térmica  rante (natural ou sintético).      ■ Não permite a medição do deslo-
                                                                               camento radial.
          também são capazes de reproduzir   O equipamento tradicional para a
          as pressões às quais os sistemas de                                  ■ Não permite medições em tem-
          areia e  aglomerante  serão subme-  execução  do ensaio de distorção   po real da evolução da transferên-
          tidos desde o preenchimento com   térmica possui certas limitações.   cia de calor no corpo de prova.
          metal líquido até a solidificação no   O objetivo desta  investigação foi   Recentemente, foi projetado e
          molde. A duração do ensaio é defi-  melhorar a técnica existente e pro-  construído o protótipo de um
          nida de forma a reproduzir o tem-  porcionar informações práticas aos   equipamento na Western Michigan
          po necessário para a formação da   operadores e pesquisadores.       University. O objetivo era estudar
          casca de metal solidificado na inter-  As limitações do equipamento tradi- os efeitos do calor e da pressão
          face com a parede do molde.       cional para a execução do ensaio de  sobre os sistemas de areia e aglo-
          Após a exposição térmica, o corpo  distorção térmica são as seguintes:  merante. Esta nova geração  de


                                                                                         FMP, JULHO 2018      39
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