Page 32 - Revista Fundição & Matérias-Primas

ENTREVISTA

opinião, será necessário pensar em muita coisa antes de expandir o assunto. Uma das coisas que
precisa ser pensada é justamente o apoio e envolvimento que a ABIFA pode dar nesse contexto,
promovendo eventos a exemplo do 1º Fórum Nacional de Tecnologia e Inovação para a Indústria de
Fundição, realizado em agosto. É fundamental o incentivo ao debate, abrindo as portas da entidade
para essa discussão.

O que o senhor, enquanto empresário, espera do próximo governo?

Santos: Espero que seja um governo que pense realmente no país como um todo; nas próximas gerações.
Que faça um plano de pelo menos 20 anos para a educação, porque sem educação país nenhum chega a
lugar algum. Que faça urgentemente a reforma política, que mude a forma de tributação de manufaturas,
que deixe o país crescer. E que invista na infraestrutura, pois sem infraestrutura não temos como crescer
sequer 2,5 % ao ano; não temos energia suficiente para esse crescimento, por exemplo.

Qual o prognóstico da Fundimazza para o exercício 2018?

Santos: Para este ano fizemos uma projeção de crescimento de 12% a 18% e estamos no caminho. Redu-
zimos nosso lide time de desenvolvimentos e estamos buscando um crescimento real.

Quais os planos da empresa para os próximos anos?

Santos: Temos planos de expansão nas vendas para nossa matriz de pelo menos 10% ao ano, nos próxi-
mos cinco anos. Também investiremos mais em energias renováveis. Temos planejado ainda investimen-
tos em máquinas injetoras, para melhorar a nossa produtividade. Buscamos sempre aperfeiçoar nossos
colaboradores, para oferecer as melhores condições de fornecimento aos nossos clientes, além de forta-
lecer o relacionamento com nossos fornecedores. Está prevista também a inauguração de nossa filial na
cidade de Araras (SP), onde produziremos ligas especiais. A fábrica está pronta; aguardamos apenas o
momento certo para iniciar a produção. Em 2020, iniciaremos a instalação de um conjunto de fornos a
vácuo, que adquirimos em 2017. Com esse equipamento produziremos peças em ligas especiais na filial
de Araras. Os planos são estes. Mas em se tratando de Brasil, é muito difícil fazer uma previsão para mais
do que dois ou três anos. g

*As opiniões expressas pelos entrevistados não são necessariamente as adotadas pela ABIFA e pela revista
Fundição & Matérias-Primas, que podem inclusive ser contrárias a estas.

32 FMP, OUTUBRO 2018