Page 44 - Revista Fundição & Matérias-Primas
P. 44
CADERNO TÉCNICODERNO TÉCNICO
CA
quanto para a liga D, não apre- nimas de dureza com o aumento que possibilita um menor gasto
sentaram variações significativas do tempo de tratamento térmico. de energia com fornos para o
com o aumento do tempo de pa- Dessa forma, uma vez que as aquecimento das amostras.
tamar de tratamento térmico. A medições indicam uma indepen- Para fins de prosseguimento dos
maior diferença encontrada foi dência da dureza com relação ao ensaios, conforme definido no flu-
inferior a 3%. tempo, é possível, em condição xograma da figura 2, o melhor e o
Resultados similares foram ob- de fundição em larga escala, de- pior resultado de dureza de cada
servados na bibliografia 5, que terminar a realização de trata- liga foram escolhidos para a reali-
também obteve valores indican- mentos térmicos com os meno- zação dos ensaios de desgaste.
do a existência de variações mí- res tempos de patamar, fato esse
Por meio da análise dos valores
medidos (gráficos das figuras 8, 10
e 11), os corpos de prova do gráfi-
co da figura 12 foram escolhidos.
Considerando ainda os valores de
dureza obtidos para os corpos de
provas fabricados na forma “bruto
de fusão”, ou seja, sem nenhuma
aplicação de tratamento térmico,
é possível realizar uma análise do
máximo e mínimo incremento de
dureza para cada liga.
Tendo por base os valores do grá-
fico da figura 12, verifica-se que
Fig. 17: Gráfico comparativo entre o percentual de carbonetos indicados na literatura e o percentual
obtido via análise no software ImageJ. o tratamento térmico aplicado
na liga A tornou possível o incre-
mento da dureza em uma faixa de
17,7% a 27,6%.
Com relação à liga D, essa faixa
possui maiores valores, indo de
13,6% a 36,9% de incremento.
Quando a análise se dá somente
entre os valores mínimos e má-
ximos obtidos em cada liga das
amostras tratadas, fica evidente
Fig. 18: Microconstituintes da amostra C1. A) Aumento de 200x. B) Aumento de 500x. que, com a aplicação de um trata-
44 FMP, MAIO 2020